Quando falamos em litoral norte do estado de São Paulo, logo vem à cabeça praias incríveis recortadas por uma natureza exuberante. Muitas pessoas nem imaginam que por lá também exista um movimento crescente de agroecologia e redes ecológicas. Para dar luz à toda essa produção familiar agrícola, o projeto “Ecoagriculturas: práticas ambientais para a proteção das águas”, elaborou um Relatório de Situação da Agroecologia no Litoral Norte.
O material é inédito e apresenta as ações e experiências que agregam elementos da sustentabilidade e fortalecem o processo de transição agroecológica nos municípios e nas unidades produtivas do Litoral Norte de São Paulo: Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba. O relatório favorece a reflexão e análise pelos atores sociais e colegiados envolvidos sobre o potencial, fragilidades e viabilidade da agroecologia no litoral norte de SP.
A publicação tem também como objetivo contribuir para o planejamento estratégico e fortalecimento da Câmara Técnica de Agroecologia e Sistemas Agroflorestais para a construção de projetos e políticas públicas que melhorem o manejo dos recursos hídricos e promovam a adequação ambiental das paisagens produtivas, seja a partir do melhor aproveitamento e a valorização dos recursos sociais, culturais, naturais e agrícolas, como também, para propiciar a construção de um novo cenário socioambiental e socioeconômico voltado à geração de renda com sustentabilidade e à saúde integral.
Fruto do trabalho colaborativo entre representantes da “Câmara Técnica Agroecologia e Sistemas Agroflorestais do CBHLN” tendo o IPESA e o Instituto Supereco como responsáveis por sua elaboração, financiamento do Fundo Estadual de recursos Hídricos – FEHIDRO e do CBHLN e a parceria com a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios – APTA Ubatuba, Rede de Sementes do Litoral Norte de São Paulo, Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Ubatuba e Região – STTR, Instituto Educa Brasil – IEB, Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo – ITESP e a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral – CATI.
O relatório foi elaborado em 2 etapas, sendo que na primeira foi realizado um levantamento de dados secundários em bases de instituições e órgãos oficiais. Nesta fase foram aplicadas entrevistas semi-estruturadas junto aos representantes das entidades atuantes no território (CDRS, OSCs, prefeituras, ITESP, FUNAI, entre outros). Neste processo foram mapeadas iniciativas, ações, pesquisas, projetos e políticas públicas.
A segunda etapa contou com entrevistas estruturadas realizadas com 41 produtores dos quatro municípios, a fim de compreender e caracterizar as experiências em agroecologia já desenvolvidas ou em desenvolvimento por agricultores, populações tradicionais, além de entusiastas e profissionais defensores da agroecologia.
Por fim, fez-se uma análise dos dados coletados, sendo possível ter uma visão sobre as principais potencialidades e fragilidades do processo de transição agroecológica em cada município e no conjunto das unidades produtivas mapeadas.
Para acessar o relatório completo é só clicar em: Ecoagriculturas | IPESA